Meditações de Viagem (Frithjof Schuon)

Muitas questões surgem para uma pessoa simplesmente porque ela se deixa atrair e aprisionar no domínio em que há questões, em vez de permanecer no domínio da certeza. Se algo a deixa confusa, ela deveria antes de tudo voltar à certeza de que não é este mundo como tal, mas o mundo vindouro, que é importante, e acima de tudo de que Deus é a Realidade; e ela deveria dizer a si mesma: em face desta verdade, que fundamentalmente é a solução para todas as questões, esta ou aquela questão simplesmente não se coloca; basta que ela tenha a Resposta das respostas. E então Deus lhe dará uma luz também para o que é terreno e particular. (continue a ler em formato web / em PDF)

Observações sobre o Zen (Frithjof Schuon)

O interesse suscitado nos países ocidentais pelo Zen resulta de uma reação compreensível contra a grosseria e a feiúra, e também de uma certa lassidão em relação a conceitos julgados inoperantes – correta ou erroneamente – e às logomaquias filosóficas habituais; mas ele se mistura facilmente com tendências antiintelectuais e falsamente “concretistas” – já era de se esperar –, o que subtrai a esse interesse todo valor efetivo; pois uma coisa é situar-se além do mental, e outra coisa é permanecer abaixo de suas possibilidades mais elevadas, imaginando ter “superado” aquilo de que não se compreende a primeira palavra. (continue a ler em PDF)

A contradição do relativismo (Frithjof Schuon)

O relativismo reduz todo elemento de absolutez à relatividade, fazendo uma exceção totalmente ilógica com esta própria redução. Ele consiste, em suma, em declarar que é verdadeiro que não existe verdade, ou que é absolutamente verdadeiro que só existe o relativamente verdadeiro; o mesmo valeria dizer que não existe linguagem, ou escrever que não existe escrita. Ou seja: toda ideia se vê reduzida a uma relatividade quer psicológica, quer histórica, quer social; a asserção se anula pelo fato de que ela se apresenta a si mesma como uma relatividade psicológica, histórica ou social, e assim por diante. A asserção se anula, se é verdadeira, e, em se anulando logicamente, prova que é falsa; sua absurdidade inicial é a pretensão implícita de só ela escapar, como por encanto, de uma relatividade declarada como única possibilidade. (continue a ler em PDF)

Nenhuma iniciativa sem a Verdade (Frithjof Schuon)

No começo deste século, praticamente ninguém sabia que o mundo está doente – autores como René Guénon e Ananda Coomaraswamy pregavam no deserto –, ao passo que hoje em dia quase todos o sabem; mas estamos longe de todos conhecerem as raízes do mal e poderem discernir os remédios. Em nossos dias, ouvimos frequentemente que, para combater o materialismo, a tecnocracia e a pseudo-espiritualidade o que se impõe é uma nova ideologia, capaz de resistir a todas as seduções e a todos os ataques e de galvanizar os de boa-vontade; ora, a necessidade de uma ideologia, ou o desejo de opor uma ideologia a outra, já é uma admissão de fraqueza, e toda iniciativa que resulte deste preconceito é falsa e fadada ao fracasso.

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Religio perennis (Frithjof Schuon)

Uma das chaves para a compreensão de nossa verdadeira natureza e de nosso destino último é o fato de que as coisas deste mundo nunca são proporcionais à extensão real de nossa inteligência. Esta é feita para o Absoluto, ou ela não é; entre as inteligências deste mundo, só o espírito humano é capaz de objetividade, o que implica — ou o que prova — que só o Absoluto permite a nossa inteligência poder inteiramente o que ela pode, e ser inteiramente o que ela é. Se fosse necessário ou útil provar o Absoluto, o caráter objetivo e transpessoal do intelecto humano já bastaria como testemunho, pois este intelecto é o sinal irrecusável de uma Causa primeira puramente espiritual, de uma Unidade infinitamente central mas contendo todas as coisas, de uma Essência a uma vez imanente e transcendente. Já se disse mais de uma vez que a Verdade está inscrita, numa escrita eterna, na própria substância de nosso espírito; o que as diferentes Revelações fazem é “cristalizar” e “actualizar”, em diversos graus, conforme o caso, um núcleo de certezas que não só reside eternamente na Onisciência divina como também dorme, por refração, no núcleo “naturalmente sobrenatural” do indivíduo, bem como no núcleo de cada coletividade étnica ou histórica, ou mesmo da espécie humana como um todo. (continue a ler)

Frithjof Schuon: Lembranças e Episódios de sua Vida (Catherine Schuon)

Antes de mais nada, devo avisar ao leitor que, quando me refiro a Frithjof Schuon, sempre digo “o Cheikh”, pois nunca me dirigi a ele senão por este título; eu usava seu primeiro nome apenas na presença dos membros de minha família, e mesmo assim evitava fazê-lo, já que me parecia totalmente inadequado. Durante os cinquenta anos de nossa vida em comum, jamais deixei de sentir em sua presença uma admiração reverente e, na medida em que sua grandeza espiritual e moral me eram desvendadas através da leitura de seus livros e das qualidades que ele manifestava, uma veneração cada vez mais profunda. (continue a ler)

É Porque Dante está Certo (Titus Burckhardt)

Entre os traços que atestam a grandeza incomparável da Divina Comédia, não é dos menos importantes o fato de que, a despeito de a amplitude e a variedade de sua influência terem sido excepcionalmente grandes — ela chegou mesmo a moldar a língua de uma nação —, tal obra foi raramente compreendida na totalidade de seu significado. Já durante a vida de Dante, aqueles que se aventuraram no oceano do espírito na trilha de sua nau (Paradiso, II, 1 ss.) estavam destinados a ser uma companhia reduzida. Eles mais ou menos desapareceram com o Renascimento; o modo de pensamento individualista desse período, oscilando entre a paixão e a razão calculista, já estava muito afastado do espírito de Dante, voltado para o interior. Mesmo Miquelângelo, embora tivesse por seu conterrâneo florentino a mais alta consideração, já não o podia compreender. (continue a ler)

O Anonimato das Virtudes (Frithjof Schuon)

Segundo Santo Agostinho, “todos os outros vícios se ligam ao mal para que ele se faça; só o orgulho se liga ao bem para que ele pereça”. E, do mesmo modo, o Cura d’Ars: “A humildade está para as virtudes como o cordão está para o rosário; retira o cordão, e todas as contas escapam; elimina a humildade, e todas as virtudes desaparecem.” Isso quer dizer que o orgulho consiste em se glorificar por suas virtudes, quer diante dos outros, quer diante de si mesmo somente; o que destroi as virtudes por duas razões: em primeiro, porque elas são tomadas de Deus, a quem na realidade elas pertencem, e porque assim a pesssoa se põe – como Lúcifer – no lugar da Fonte divina; e, em seguida, porque se atribui de facto um valor desproporcional a um fenômeno necessariamente relativo. “Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que faz a direita.” (leia mais)

A Impostura do Psicologismo (Frithjof Schuon)

Entendemos pelo termo “psicologismo” a pretensão de reduzir tudo a fatores psicológicos e questionar não somente o que é intelectual ou espiritual – o primeiro termo referindo-se à verdade e o segundo à vida na Verdade e pela verdade –, mas também o espírito humano em si mesmo, portanto sua capacidade de adequação e, mais ainda, sua ilimitação interna ou transcendência. Essa tendência redutora e verdadeiramente subversiva grassa em todos os domínios que o cientismo tem a pretensão de englobar, mas sua expressão mais aguda é, sem dúvida alguma, a psicanálise. Esta, vale dizer, é ao mesmo tempo uma resultante e uma causa, como o são todas as ideologias profanas, tais como o materialismo e o evolucionismo, dos quais no fundo ela é uma ramificação lógica e fatal e um aliado natural. (leia mais)

Cristianismo e Budismo (Frithjof Schuon)

Entre o Cristianismo e o Budismo há algumas analogias notáveis, que são tanto mais surpreendentes pelo fato de que, sob outros aspectos, essas duas formas tradicionais parecem muito diferentes uma da outra, e isso a tal ponto que se pôde qualificar o Budismo de “religião ateia” – definição absurda, mas compreensível da parte de homens que fazem de Deus uma ideia quase exclusivamente antropomórfica. Na realidade, a Divindade está concretizada no Buda do mesmo modo que na pessoa do Cristo: tanto um quanto o outro assumem, de fato, uma forma expressamente supra-humana, transcendente, divina; o reino do Buda, assim como o do Cristo, “não é deste mundo”; ao contrário dos outros Avatâras , o Cristo e o Buda não são nem legisladores, nem guerreiros, mas pregadores errantes; o Cristo frequenta os “pecadores” e o Buda, os “reis”, porém ambos o fazem como estrangeiros, sem misturar-se “organicamente” à vida dos homens. (leia mais)

Tributo a René Guénon (Martin Lings)

No que diz respeito ao início da vida de René Guénon o nosso conhecimento é muito limitado devido à sua extrema reticência. A sua objectividade, a qual é um aspecto da sua grandeza, fê-lo compreender os males do subjectivismo e individualismo no mundo moderno, o que o impeliu, talvez em demasia, na direcção oposta; evitando de todas as formas falar sobre si próprio. Desde a sua morte, têm sido escritos livros atrás de livros e os seus autores têm, sem dúvida, sentido uma enorme frustração por serem incapazes de descobrir diversas coisas e, em resultado, livros atrás de livros contêm erros factuais. (leia mais)

Da Sacralidade das Águas (Titus Burckhardt)

O fato de que a ciência moderna, embora dispondo de todas as informações das pesquisas, há muito tempo venha descuidando de um dos mais importantes fundamentos de nossa vida e, portanto, de sua própria existência, qual seja, a pureza da água, indica uma unilateralidade de desenvolvimento que, além da água, põe em risco muitos outros elementos, entre eles, e não secundariamente, elementos da alma humana; e, no entanto, não por acaso a própria vida das águas – as quais, em seu equilíbrio natural, sempre restabelecem sua pureza, mas, com a perda desse equilíbrio, vão ao encontro da morte e da decomposição – é uma alegoria da própria vida da alma. (leia mais)

Que é Misticismo? (William Stoddart)

Com  exceção  daqueles  que  o  rejeitam  ou  o  ignoram totalmente,  as  pessoas  em  geral  têm  por  aceite  que  o misticismo  reivindica  referir-se  à  “Realidade  Suprema”.
A relação em questão é na maior parte considerada como sendo  do  tipo “experiencial”,  e  é  usada  com  freqüência  a frase  “experiência  mística”—  assumindo-se  que  o  objeto de tal experiência é, precisamente, a “Realidade Suprema”, a  qual  é  declarada  transcendente  e oculta  em  relação  à nossa  percepção  comum.  Essa  experiência  mística  é  tida como “incomunicável” e é freqüentemente dita puramente “subjetiva”, no sentido pejorativo, particularmente quando se lança alguma dúvida sobre o alegado objeto da experiência. (leia mais)

O Homem Conservador (Titus Burckhardt)

Deixando de lado quaisquer matizes políticos que a palavra possa ter, o conservador é alguém que procura conservar. E para dizer se ele está certo ou errado deveria ser suficiente analisar o que é que ele quer conservar. Se as formas sociais que defende – pois sempre se trata de formas sociais – estão em conformidade com o objetivo mais elevado do homem e correspondem à suas necessidades mais profundas, por que não deveriam elas ser tão boas quanto – ou mesmo melhores que – qualquer coisa de novo que a passagem do tempo possa trazer à luz? Pensar desta maneira seria normal, mas o homem de hoje já não pensa normalmente. (continue a ler)

O Bicho-Papão da Alfabetização (Ananda K. Coomaraswamy)

Partindo da premissa de que um homem que é efetivamente culto pode também aprender a ler e escrever, foi possível a Aristóteles perguntar se há necessariamente uma relação entre o nível cultural de um homem e seu domínio da leitura e da escrita. Essa questão dificilmente se coloca entre nós, para quem o analfabetismo implica, de maneira óbvia, a ignorância, o atraso, a incapacidade para governar a si mesmo: para nós, povos iletrados são povos incivilizados,e vice-versa… (continue a ler)

O Retorno de Ulisses (Titus Burckhardt)

Toda via que conduz a uma realização espiritual exige que o homem se despoje de seu eu comum e habitual a fim de se tornar verdadeiramente “si mesmo”, transformação que não acontece sem o sacrifício de riquezas aparentes e de pretensões vãs, portanto sem humilhação, nem sem combate contra as paixões das quais o “velho eu” é tecido. É por isso que se encontra na mitologia e no folclore de quase todos os povos o tema do herói real que volta ao seu próprio reino sob a aparência de um estrangeiro pobre ou mesmo de um saltimbanco ou de um mendigo, para reconquistar, depois de muitas provas, o bem que lhe pertence legitimamente e que um usurpador lhe havia roubado. (continue a ler)

Gnose Cristã (Frithjof Schuon)

“O Cristianismo é que “Deus se fez o que nós somos, para nos fazer o que ele é” (Santo Irineu); é que o Céu se tornou terra, a fim de que a terra se torne Céu. O Cristo retraça no mundo exterior e histórico o que acontece, desde o começo do tempo, no mundo interior da alma. No homem, o Espírito puro se faz ego, a fim de que o ego se torne puro Espírito; o Espírito ou o Intelecto (Intellectus, não mens ou ratio) se faz ego encarnando-se na mente sob a forma de intelecção, de verdade, e o ego torna-se Espírito ou Intelecto unindo-se a ele. (…)” (aqui para ler mais)

O Duplo Escolho (Frithjof Schuon)

“Há na natureza de cada homem uma dupla imperfeição e, espiritualmente falando, um duplo obstáculo: por um lado a paixão, que arrasta o homem para fora de si-mesmo comprimindo-o, e por outro lado o orgulho, que prende o homem a si mesmo dispersando-o. A paixão acusa-se pelo apego, e o orgulho pela ambição; esta, ainda que fosse espiritual, não deixaria no entanto de ser mundana, a menos que se desse à palavra ambição – como se faz às vezes – um sentido transposto e neutro. De um modo análogo, se entendemos pela palavra paixão um força em si neutra e disponível, podemos evidentemente falar de paixões santas, ou santificadas por seu objeto, mas evidentemente não é desta conversão de uma energia natural que se trata quando falamos de imperfeições ou obstáculos. Frisemos, neste sentido, que o orgulho não é suscetível de tal conversão; ele só pode ser destruído ou dissolvido (…)” (aqui para ler mais)

Reflexões sobre a Ingenuidade (Frithjof Schuon)

“A atribuição de um espírito ingênuo a todos os que nos precederam é o meio mais simples de realçarmo-nos a nós mesmos, e é tanto ma is fácil e sedutor quanto se baseia em parte em comprovações exatas, ainda que fragmentárias, e exploradas a fundo — com a ajuda de generalizações abusivas e interpretações arbitrárias — em função do evolucionismo progressista. Em primeiro lugar, seria necessário entendermo-nos acerca da própria noção de ingenuidade: se ser ingênuo é ser direto e espontâneo e ignorar a dissimulação e os subterfúgios, e também, sem dúvida, certas experiências, os povos não- modernos efetivamente possuem — ou possuíam — certa ingenuidade; mas, se ser ingênuo é simplesmente estar desprovido de inteligência e senso crítico e estar aberto a todos os enganos, certamente não há nenhuma razão para admitir que nossos contemporâneos sejam menos ingênuos do que nossos antepassados. (…)” (aqui para ler mais)

René Guénon: Definições (Frithjof Schuon)

“A definição da obra de René Guénon se apoia em quatro termos: intelectualidade, universalidade, tradição e teoria.

A obra é “intelectual”, pois diz respeito ao conhecimento — no sentido profundo e integral desse termo — e o considera em conformidade com sua natureza, ou seja, à luz do Intelecto, que é essencialmente suprarracional; ela é “universal, pois considera as formas tradicionais em função da Verdade una, adotando ao mesmo tempo, conforme a oportunidade, a linguagem de determinada forma. Por outro lado, a obra guénoniana é “tradicional”, no sentido de que os dados fundamentais que ela transmite estão estritamente em conformidade com o ensinamento das grandes tradições, ou com uma delas quando se trata de uma forma particular; por fim, a obra é “teórica”, pois ela não tem diretamente em vista a realização espiritual; ela inclusive evita assumir esse papel de um ensinamento prático, de colocar-se, por exemplo, no terreno dos ensinamentos de um Ramakrishna. (…)” (aqui para ler mais)

Xamanismo Pele-vermelha (Frithjof Schuon)

“Por ‘xamanismo’, entendemos as tradições de origem ‘pré-histórica’ próprias dos povos mongoloides, incluindo-se nesta designação os índios da América. Na Ásia, encontramos o xamanismo propriamente dito não somente na Sibéria, mas também no Tibete — sob a forma do Bön-Po — , na Mongólia, na Manchúria e na Coreia; a tradição chinesa pré-budista, com seus ramos confucionista e taoísta, liga-se também a esta família tradicional, e o mesmo vale para o Japão, onde o xamanismo deu lugar a esta tradição particular que é o Shintô. Todas estas doutrinas se caracterizam pela oposição complementar entre a Terra e o Céu e pelo culto da natureza, considerada sob o aspecto de sua causalidade essencial e não sob o de sua acidentalidade existencial (…)” (aqui para ler mais)

A Perspectiva Cosmológica (Titus Burckhardt)

As sete ‘artes liberais’ da Idade Média têm como seu objeto disciplinas que o homem moderno descreveria automaticamente como ‘ciências’, como a matemática, a astronomia, a dialética e a geometria. Essa identificação medieval da ciência com a arte, totalmente conforme a estrutura contemplativa do Trivium e do Quadrivium, indica claramente a natureza fundamental da perspectiva cosmológica.

Quando os historiadores modernos olham para a cosmologia tradicional – seja as doutrinas cosmológicas de civilizações antigas e orientais, ou a cosmologia do Ocidente medieval –, eles geralmente veem nela apenas tentativas infantis e tateantes de explicar a causação dos fenômenos. (aqui para ler mais)

Para que serve a arte, afinal? (Ananda Coomaraswamy)

São bem conhecidas as duas escolas contemporâneas de pensamento a respeito da arte. De um lado, uma pequenina ‘elite’ distingue as ‘belas’ artes da arte como produto de mãos habilidosas, valorizando-as muito como auto-revelação ou auto-expressão do artista; esta elite, coerentemente, fundamenta seus ensinamentos de estética no estilo, e faz da chamada ‘apreciação artística’ uma questão de maneirismos e não de investigação do conteúdo ou da verdadeira intenção da obra. Assim são nossos professores de Estética e de História da Arte, que se regozijam com a ininteligibilidade da arte ao mesmo tempo que a explicam psicologicamente, substituindo o estudo da arte do homem pelo estudo do próprio homem; são nossos líderes de cegos… (leia mais)